quinta-feira, 8 de maio de 2008

Febre medieval da execração

Sou jornalista e vivo da indagação e da informação. Como leitora quero conhecer os fatos e suas repercussões. Como redatora, quero apresentar os fatos e até argumentar suas intercorrências. Mas não tenho a febre medieval dos que transformam pessoas em condenados à execração pública. Abomino a idéia da utilização de um veículo poderoso de informação, seja a televisão, o jornal impresso ou a internet para esmiuçar a vida de alguém, não mais importando o fato jornalístico e sim a idéia de que a humilhação, a exposição de alguém ao ridículo é a base da minha profissão.
Não gosto de intromissão na vida alheia. Nem mesmo na de meus filhos. Posso ter - e é óbvio que tenho - curiosidade. E que até entro em sites para olhar fotos de festas de "celebridades". Mas até aí querer, tal qual um urubu carniceiro e famélico, conhecer todos os aspectos que submetem as pessoas ao escárnio....tô fora! Isso vale para essa super mega exposição dos temas que nos perseguem como Ronaldo e travestis, Isabela e seus partners, os porres de Amy Winehouse e tantos outros.
É só um desafabo. Aberto, obviamente, às opiniões contrárias.

4 comentários:

Desabafos e Afins disse...

Gostei muito desse post!

Cris Medeiros disse...

Concordo plenamente contigo! E procuro não fazer parte desse circo que a imprensa/mídia monta em torno de alguns casos! eu simplesmente me desligo! Acho um absurdo!


Beijos

Marcelo disse...

Acho que isso depende da linha editorial de cada veículo.
Cada um segue uma filosofia, a sua é correta aos meus olhos.
A mídia realmente faz uma algazarra sobre algum escândalo ou crime e tempos depois quando percebe que os níveis de audiência caíram para tal assunto, procuram outro crime ou escândalo para fazer a mesma algazarra.
Isso sempre foi assim e, ao meu ver, sempre será.

Beijinhos,moça.

Bruna Waltrick disse...

Oix
Vlw pelo comenti
Paxa lá dipois?Lindu aki!