Quem sabe me transforme,
mude a roupa,
esqueça as máscaras,
apague do calendário os dias carnavalescos.
Quem sabe me pinte,
sorria inocentemente,
brinque de roda,
traga prá perto os duendes que adormecem no jardim.
Quem sabe corro e tropeço,
ralo o joelho,
torço o pé
e levanto com a força dos biotônicos vitamínicos.
Quem sabe digo não,
e faço birras,
enrugo a testa,
implicantemente ranzinza e boboca.
Quem sabe amadureço,
vire gente grande,
perca a pureza
e me tome das dores que desprezo.
Mas, quem sabe, perca o tino,
arranque o siso,
atravesse a estrada
e reconheça a entrada do parque.
Aí vou ser criança vestida de gente grande com joelho ralado e boboca abraçando duendes sorrindo inocentemente em dias de carnaval.
Tudo ao mesmo tempo agora!
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8 comentários:
Quem sabe?? tomara!!
Adorei! Brinque sempre assim. quero brincar assim também. Sabe que me deu mesmo vontade de brincar. Se eu cair e ralar o joelho como vc (tomara) venho avisar.
Beijos
Só não tire do calendário os dias carnavalescos. Não dá mesmo pra ficar sem eles!
Às vezes é bom ler coisas leves, profundas, ditas no silêncio dum quarto ouvindo uma musiquinha, ou no silêncio mesmo. Deduzo eu, claro. hehehe. (Jurandir nostálgico)
Eu tenho um pouco dessa criança boboca e insegura em mim...
Bjks
Gostei da simplicidade deste poema. Devemos guardar sempre um pouquinho da criança que fomos. Nunca devemos perder a pureza da infância, ainda que cresçamos e as responsabilidades da vida nos assuste. Bjos!
Ah,...perder o lado infante é ruim pra nóis,...
Bjs
"Quem sabe amadureço,
vire gente grande,
perca a pureza
e me tome das dores que desprezo"
Não faça isso... amadureça sim mas nunca perca a pureza...
adorei seu blog...
bjs
Feliz de quem mantém a criança viva dentro de si...........
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