sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Criative-se

Nunca pensei em fazer nada que não fôsse a profissão que exerço. Sempre quis ser jornalista e, dentro da carreira, já atravessei períodos solares e lunares. Escrevi de textos sobre economia à vida mundana das celebridades. Fui repórter, redatora, coordenadora editorial e nos últimos quatro anos sou gerente editorial de uma editora científica. Aliás, para os que não sabem, informo que faço há muitos anos jornalismo científico. 90% dos clientes da editora onde trabalho são empresas do segmento farmacêutico e seus projetos dirigidos à classe médica.
Ainda assim escrevo muito. No blog e no mundo real. Neste, obviamente, nem sempre com prazer ou mesmo inspiração. Ah...vale informar que acumulo a gerência comercial também, o que me leva não apenas ao mundo dos números, mas também para o da rentabilidade, juros, movimentação bancária, investimento, empréstimo.....grana, enfim.
Assim, como boa parte da população brasileira, passeio entre a realização e a necessidade financeira. Pessoal e da empresa também. E nesse liquidificador de emoções, que mistura o desejo do cliente, o palpite do cliente, o desconhecimento do cliente e a minha visão do projeto, do texto, do conceito editorial....nem sempre navego em águas calmas, muito menos com o delicioso sentimento da realização.
Foi pensando em tudo isso, e querendo voltar a viver o sonho social-libertário do ofício só pelo bem e o prazer do ofício, que pensei num espaço virtual onde estivessem reunidas pessoas que, como eu, gostariam de encontrar um espaço onde pudessem criar - e divulgar - o que fazem e sem a preocupação de fazer disso um caminho para ganhar dinheiro. Embora seja ótimo se a grana acontecer.
Enfim, em muito breve estará no ar o Criative-se ( www.criativesse.blogspot.com), espaço virtual onde eu e mais quatro profissionais liberais das áreas do Design Gráfico, Publicidade, Farmácia e Arquitetura, possamos ser mais do que experimentamos em nossas vidas profissionais. Ou seja, mentes criativas com espaço para produzir o que nos dá prazer e fazendo desse novo planeta um show-room colorido de nossas idéias e projetos nas áreas do design, fotografia, decoração, festas, drinks......e textos também, é claro. Uma palavra para tudo isso? Criative-se e será fácil entender e desejar
Bom...é sermpre tempo de ser mais feliz!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Verbo: Sentir. Tempo: Presente

Fui ao primeiro encontro do grupo de meditação. Na verdade, esse é o primeiro degrau de uma escada que vou encarar como um mote para 2009. Abrir espaço para o auto-conhecimento; oferecer-me a possibilidade de um olhar endógeno que me permita - quem sabe - desenvolver ou explorar mais o meu sexto-sentido: a consciência do que sou e do que realmente pertence ao meu tempo presente.
Como bem disse o mestre do grupo, passamos a maior parte de nossas vidas entre o passado e o futuro, pensando nas marcas das histórias que carregamos ou no que planejamos para o depois. Mas ao presente mesmo, ao nosso tempo real e às múltiplas possibilidades que ele oferece, somos sempre parcimoniosos.
Sentir é o verbo do nosso presente. Quando sentimos faz-se a ponte que nos traz para o tempo de hoje. É curioso pensar nisso porque sentir representa sempre um novo olhar sobre a vida, sobre os amores, as dores que temos e as formas, ferramentas que dispomos para fazê-las melhores. Reconhecer o caminho da dor é descobrir onde queima os pés e pensar livremente sobre como ser capaz de mudar de rumo.
Não quero mais gastar tantas horas do meu dia a revolver a lama em busca do anel que ali deixei se perder. No tempo presente posso sim ser o jardineiro de um jardim onde flores nascem e morrem, onde há tempo de floração e de seca, onde há cores e espinhos. Mas posso limpar sempre esse jardim, revolver a terra e, principalmente, retirar as ervas daninhas, as folhas secas., o que ficou para trás e não mais me pertence. Posso adubar, plantar de novo.
É isso...preciso da nova planta sempre; do ciclo vital que começa e se renova. Só eu posso ver e mudar a minha vida, só eu conheço verdadeiramente o ciclo da minha história.
Virar a página, com toda a sabedoria adquirida, é a grande vibe.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mantra do novo ano

Eu só quero ser feliz! Se existe mantra para repetir, e crer e construir no novo ano....é assim que quero que seja. E que venha do jeito que for: com dor ou prazer; atropelos ou delírios; tensão ou torpor. Porque ser feliz é sempre uma atitude revolucionária. Significa viver de olhos abertos para enxergar o que e para onde aponta aquele que sempre nos fala a verdade antes do crivo daquele que nos mente: nós mesmos.
Quero subverter minhas mais frequentes mentiras e reconhecer-me naquilo que é essencial, naquilo que me oferece o segundo fugaz da plenitude. Ser feliz é descrer da conquista efêmera, do estrelato vaidoso cujo palco nos faz personagens de comédia bufa. Porque os aplausos cegam e nos impedem o sutil e sereno trajeto sob a luz clarividente dos dias de sol. Ou de chuva fina.
Quero ser feliz para poder ver e inventar. Respirar para dentro e descobrir-me ou descubrir-me por fora. Criar o caminho onde meus passos tropeçam, mas não atropelam; onde ralo meus joelhos, mas sei da boa cura do sopro amoroso.
Quero ser feliz sem me importar com as conquistas, só com a vontade. À vontade. Quero ser feliz porque acredito e invisto no amor, inadvertido ou previsível; de risco ou com retorno garantido.
Quero a viagem, a procura, o encontro. Cavaleiro andante que ouve moinhos, lê estrelas e admira o mar.